domingo, 17 de maio de 2009


Moradores que vivem na zona sul de Baraúna estão ilhados por conta das fortes chuvas
Sem perspectivas de ajuda, os moradores da região sul do município sofrem com alagamento, devido às fortes precipitações ocorridas nos últimos dias. Os que mais clamam por atenção são os comunitários do PA de Poço Novo, o maior assentamento de Baraúna que detém cerca de 250 famílias. Sem estradas e completamente ilhados muitos estão abandonando o local, outros se alojam em escolas e prédios públicos. Toda plantação foi dizimada e os animais precisam ser removidos.Por parte da defesa civil recém-criada pela municipalidade apenas foi feita uma visita há quase 15 dias, e lá constatado as dificuldades, no entanto, o prefeito Aldivon Nascimento (PR) espera apoio do governo e do Incra para minimizar o sofrimento dos assentados.As escolas e os alunos que precisam se deslocar até a sede do município estão sendo prejudicados e perdendo aulas. Para a presidente do PA de Poço Novo, seria oportuna a suspensão das aulas, pois tem alunos que estão sem freqüentar as aulas há mais de 20 dias.Um outro agravante é a incidência de doenças como diarréia, gripe e frieiras que prejudicam as crianças e idosos. Com o apelo por ajuda, os moradores da região esperam remédios e atendimento médico, além de feiras para conter a fome dos mais atingidos. Desde que o prefeito fez a visita, até hoje não encaminhou nada para as vítimas que se sentem revoltadas com o quadro. Uma comissão formada pelo vereador Edson Barbosa, do PV, Francisco Veríssimo, do Sindicato Rural, representantes da comunidade, Mirian, Izelda Maria e Severino Targino fez apelo ao comércio e à classe política angariando remédios e alimentos. O Sindicato dos Trabalhadores Rurais ainda conseguiu cerca de 30 cestas básicas com o Incra e que foi complementada com as ajudas arrecadadas. Criada pelo poder municipal, a comissão de Defesa Civil não passou do papel, e pouco se mobilizou, apenas registrou o sofrimento das famílias sem acionar meios para atender os casos mais críticos. Para tanto, os moradores esperam que haja sensibilidade humanitária e que as autoridades comecem a se articular no sentido de encontrar uma saída urgente para a situação. "Nesse momento não podemos nos deter à burocracia, temos que levar ação, atender as famílias e para isso, o prefeito tem que fazer primeiramente sua parte. Nessa hora é necessária a ajuda e não discurso com a miséria", enfatiza Edson Barbosa.Lembrou ainda que o Assentamento de Bom Sucesso, as comunidades de Veneza, Boa Sorte e Baixa Branca passam por problemas similares e que até agora ninguém foi ao local por falta de acesso.

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