segunda-feira, 14 de março de 2011

Filha de Wilma ganhava R$ 18 mil mensais no Meios



Enquanto os servidores do Meios reclamam atrasos de três meses nos salários, uma ex-presidente, Ana Cristina de Faria Maia, filha da ex-governadora Wilma de Faria (PSB) recebia R$ 18 mil, o dobro do valor pago a um secretário, mesmo depois de ter deixado o comando da entidade, segundo reportagem publicada na edição de hoje do Novo Jornal.

Bancária desde os anos 80, quando começou na instituição como telefonista e chegou até a uma gerência, Ana Cristina foi cedida pelo Banco do Brasil dia 16 de janeiro de 2008 à secretaria estadual de Planejamento (Seplan). O contrato foi renovado uma vez, em 28 de janeiro de 2010, e só encerrado pelo atual governo no início deste ano.

Nessa história, alguns detalhes chamam a atenção. O principal deles é o valor da remuneração. Hoje, um secretário de estado recebe, de salário bruto, pouco mais de R$ 9 mil, o que significa que, como subordinada, Ana Cristina recebia mais que seu superior.

Outra curiosidade é que embora a cessão da funcionária tenha sido pedida pela Seplan, a ex-presidente do Meios não dava expediente na secretaria de Planejamento, mas no Gabinete Civil, órgão que funciona no mesmo prédio da Governadoria, onde despachavam os ex-governadores Wilma de Faria e Iberê Ferreira de Sousa.

Procurada pela reportagem, a assessoria de comunicação do Banco do Brasil não quis se pronunciar sobre o assunto antes de um pedido oficial do jornal, o que foi feito por email no final da tarde de ontem.

O NOVO JORNAL também ligou para a casa da ex-presidente do Meios Ana Cristina Maia. No entanto, depois de informar que iria chamá-la a empregada da residência que se identificou como Deusa, disse que ela havia ido a um aniversário.
* Reprodução do blog de Valderi Tavares (www.dovale.zip.net)

NOTA DO BLOG: Evidentemente que o caso merece apuração e, em caso de ilegalidade, punição. Porém, isso em anda retira a responsabilidade do Governo atual com relação aos servidores humildes, que realmente trabalhavam. Reitero o que já escrevi neste espaço: as irregularidades devem ser apuradas e combatidas, não obstante o fato de que a grande maioria dos servidores prestava um excelente trabalho ao Rio Grande do Norte.

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