Maioria dos deputados da reforma quer o fim do modelo de coligações
Grupo terá 90 dias para finalizar projeto de reforma do sistema eleitoral.
A maioria dos deputados que compõem o grupo de reforma política na
Câmara é favorável ao fim das coligações para eleições proporcionais
(deputados e vereadores). A posição é defendida por ao menos 10 dos 14
indicados para compor o grupo. Três parlamentares apoiam as coligações.
Apenas um não respondeu à enquete elaborada pelo G1.
O grupo de trabalho, formado na semana passada, terá 90 dias para
elaborar o projeto que pode mexer nas campanhas, na maneira de votar, na
forma de representação e na atuação política dos eleitos dentro do
Congresso.
Para ser implementada em uma eleição, uma nova regra no sistema
político e eleitoral brasileiro precisa ser sancionada ou promulgada ao
menos um ano antes. Os líderes de partido descartaram alterar as regras
para as eleições de 2014.
Em uma enquete, o G1 perguntou aos deputados do comitê
responsável por elaborar mudanças no sistema político e eleitoral
brasileiro o que eles achavam sobre sete temas: 1) financiamento de
campanha; 2) reeleição para mandatos no Executivo; 3) sistema eleitoral
para o Legislativo; 4) coligações entre partidos; 5) suplência no
Senado; 6) voto secreto no Congresso; e 7) a forma de consulta à
população, se por plebiscito ou referendo.
Apenas Cândido Vaccarezza (PT-SP) não respondeu ao questionário. Ele
disse nesta segunda-feira (15) que não quer responder às perguntas.
Ao longo desta segunda, o G1 publica a série de reportagens com a posição que prevaleceu no grupo sobre cada um dos temas.
O sistema de coligação que vigora atualmente no Brasil permite a união
de partidos nas eleições para deputados estadual e federal e para
vereador. Quanto mais votos uma coligação obtiver, mais vagas terá nos
legislativos. Esse sistema permite que um candidato de uma coligação que
obteve muitos votos possa se eleger mesmo sendo menos votado do que um
concorrente de outra coligação.
Disseram que defendem o fim das coligações os deputados Esperidião Amin
(PP-SC), Guilherme Campos (PSD-SP), Henrique Fontana (PT-RS), Júlio
Delgado (PSB-MG), Luciano Castro (PR-RR), Marcelo Castro (PMDB-PI),
Marcus Pestana (PSDB-MG), Miro Teixeira (PDT-RJ), Rodrigo Maia (DEM-RJ) e
Sandro Alex
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