Parque deverá entrar em funcionamento até a Copa do Mundo de 2014
Postada na Gazeta do Oeste
A intenção é que o Parque da Furna Feira sirva de ponto turístico para o público que se deslocará entre Natal e Fortaleza para assistir aos jogos da Copa do Mundo. O decreto de criação do Parque foi assinado pela presidenta Dilma Rousseff no dia 5 de junho, data em que se comemora o Dia Internacional do Meio Ambiente.
A expectativa é que no mês de agosto seja realizada uma cerimônia de
criação oficial com a presença de autoridades e da ministra do Meio
Ambiente Izabella Teixeira.
“É o coroamento de um trabalho de mais de dez anos. Até 2007 foram
concluídos os estudos preliminares e no início de 2008 a proposta foi
apresentada ao Ministério do Meio Ambiente. Após inúmeras reuniões,
audiências públicas e trabalhos, o Parque foi criado. E temos muito o
que comemorar, pois há mais de 30 anos nenhuma unidade de conservação
federal era criada; é o primeiro parque nacional do Rio Grande do Norte,
um dos poucos Estados do País que ainda não tinha um e é uma área
importantíssima que vai servir a toda a população, tanto para estudos,
visitação e desenvolvimento da região”, comemora Diego de Medeiros
Bento, analista ambiental do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação
de Cavernas (CECAV) do ICMBio.
Até poder abrir os portões, uma série de trabalhos tem que ser feita.
Alguns estudos precisam ser concluídos e outros iniciados. O Parque
está em processo de escolha da chefia. Os nomes que estão sendo
indicados serão avaliados e escolhidos pela Casa Civil brasileira.
Também será elaborado um plano de manejo, com a formação de um
conselho consultivo que vai direcionar as ações executadas na Furna
Feia. O conselho conta com a participação de diversos órgãos, entre eles
a chefia do Parque, prefeituras das duas cidades, Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária (INCRA), Instituto de Desenvolvimento
Sustentável e Meio Ambiente (IDEMA) do RN, Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), entre outros.
Ainda serão discutidas a necessidade de estruturação, como o local
será utilizado e como os moradores da região podem ser incluídos nas
atividades. Por enquanto, o local já recebe atenção especial e uma série
de regras para impedir a presença de estranhos que ameacem a
biodiversidade do local. “Há uma legislação própria e bem mais rigorosa.
Se uma pessoa for pega com uma pá lá dentro corre risco de ser presa.
Agora só estão autorizados a visitar o pessoal do Instituto Chico Mendes
e estudiosos. Qualquer pessoa sem permissão pode atrapalhar. O acesso é
muito restrito”, ressaltou Diego Bento.
IMPORTÂNCIA - Os levantamentos apontam flora e fauna
diversificadas e bem preservadas, tornando a área uma das mais
representativas da Caatinga no Estado, com a ocorrência de várias
espécies de plantas, inclusive endêmicas, espécies de aves, espécies de
mamíferos e espécies de répteis. Várias dessas espécies constam nas
listas de fauna e flora ameaçadas de extinção.
A área tem um imenso potencial para pesquisa científica. Diversas
universidades locais e de outras regiões do país já realizam estudos no
local. Além disso, a área possui o potencial turístico - ecológico e de
aventura - terão importantes papéis no desenvolvimento socioeconômico de
famílias assentadas e comunidades do entorno, se tornando fonte de
renda sustentável para a região.
Com a Unidade de Conservação (UC) será triplicará a área de Caatinga
protegida, pois o bioma exclusivamente brasileiro, apesar de ocupar mais
de 80% da área do Estado, representa menos de 2% da área protegida no
Rio Grande do Norte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário